sexta-feira, 20 de junho de 2014

Acontecimento bizarro!!

Terça-feira, 17/06, dia de jogo do Brasil, resolvi dar uma volta num bar que conheço, que fica bem animado nessas datas festivas. Chegando lá, vi que tava bem animado. Um grupo musical tocava e não pensei duas vezes para cair dentro do samba. Logo um cara se aproximou e a gente acabou ficando. 

Ficamos por lá mais um tempo até que saiu uma briga feia e acabou a festa. O grupo recolheu os instrumentos e bar fechou as portas. Daí, eu e o carinha resolvemos dar uma volta por outros bares. Circulamos, rimos, bebemos muuuuito. Foi divertido e acabamos no apartamento dele. Rolou uma transa.

Tarde da noite, deveria ser 1 da manhã. Ele me trouxe em casa. Foi quando ele percebeu que tinha sangue nas minha pernas. Eu não tinha percebido até então. Já estava muito perto de casa e me apressei para entrar. Ele quis me ajudar, mas disse que não precisava.  Assim que entrei, não sangrava apenas, o sangue jorrava de forma assustadora. Eu sem saber o que fazer fiquei andando de um lado para o outro no hall do prédio. E em cada lugar que eu parava formava uma poça de sangue. Com medo de desmaiar ali entrei para meu apartamento. Fui direto para debaixo do chuveiro e fiquei lá muito tempo até que aquilo diminuísse.

Diminuiu mas continuou. Está diminuindo a cada dia um pouco mais. Hoje já fui ao médico e tal e estou medicada. 

Mas a questão toda foi o dia seguinte. Evidentemente o rastro de sangue foi até a entrada da minha porta e todos assim souberam quem foi a pessoa que sangrou. Daí foi um tal de gente interfonar para meu apartamento, tocar na minha porta, para saber o que aconteceu e eu apenas dizia que tinha ocorrido um sangramento.

Mas do meu apartamento dava para ouvir as conversas nos corredores, as pessoas dizendo: "Será que ela tá bem?", "Ela é tão legal, não merecia isso". Foi quando eu comecei a me dar conta que os boatos estavam se espalhando. 

No dia seguinte, ontem, vizinhos que nunca falaram muito comigo começaram a me interfonar para dizer que me davam apoio, que eu poderia me abrir, que quem sofre uma violência não pode se calar. Então, para uma dessas pessoas perguntei se o pessoal estava achando que tinha sido estuprada. Daí a moça me confirmou e desmenti, lógico, porque não aconteceu nada disso.

Mas a verdade é que as pessoas estão me olhando com aquele olhar de pena e sei que por mais que desminta isso, vou continuar sendo vista como a estuprada. Surreal, gente!! Quando a gente acha que já aconteceu de tudo com a gente, vem algo e nos surpreende. Essa é uma história que vai ficar para contar.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Indo em busca de novos rumos...

Tem alguns poucos meses que coisas se modificaram na minha vida e na minha mente. Desde a minha cirurgia malsucedida  de voz em 2010 que entrei numa concha e fui me afastando do mundo, de todos. Isso trouxe como principal consequência uma grande solidão. Mas solidão nunca foi algo que me apavorasse, lido bem com ela, em muitos momentos gosto dela, até prefiro. Mas é óbvio que o ser humano não nasceu para seguir a vida solitariamente, mas sim em sociedade, somos seres que gostamos de companhia e comigo não é diferente.

No entanto algo mudou para melhor recentemente e voltei a sentir uma enorme vontade de refazer a minha vida. Não que ela tivesse detonada, muito pelo contrário, até tenho uma vida tranquila atualmente, mas de 2010 para cá minha vida social se diluiu completamente. 

Dia desses, tive a certeza que algo deveria ser mudado, que  estava pronta para seguir novos rumos. Tive uma espécie de "crise de solidão" em que me deu um grande desespero por estar sozinha e pela primeira vez em muitos anos, peguei o telefone e quis ligar para várias pessoas, para algumas até tentei mas nem deixei chamar quase. Aquilo passou rapidamente, mas foi intenso demais para que esqueça. A partir dali  percebi o que vim fazendo com minha vida. Priorizando o que não devo e vice-versa. Enfim, acho que venho fazendo tudo errado nesse setor, principalmente não deixando o novo entrar. Estou precisando me renovar.

Então venho amadurecendo ideias. Sabe quando a gente simplesmente tenta mudar o caminho, o jeito de fazer as coisas? Tentar almoçar num restaurante diferente. Aceitar fazer um programa que nunca fizemos antes. Mudar o caminho de voltar para casa. Fazer pequenas mudanças numa espécie de ensaio para mudanças mais importantes. Acho que estou nessa fase, das pequenas mudanças, para logo em seguida tentar fazer outras de peso.

Não sei se será um processo fácil, mas é um processo possível e que estou disposta a começar, aliás já comecei. Quero, em breve, olhar para esse post e perceber que consegui dar alguns passos adiante. Quero mais para a frente notar que algo importante  melhorou no meu social. Se vou conseguir? Não sei, mas tentarei com certeza.

sábado, 7 de junho de 2014

Aprendendo a dizer não...

Se tem uma coisa que aprendi ao longo da vida, foi a dizer não. Quando mais nova tinha uma certa dificuldade em negar as coisas paras as pessoas, achava que com isso perderia o amor delas e muitas vezes provocamos antipatia mesmo ao dizer não, mas é algo extremamente necessário de se desenvolver no  decorrer da vida.

Sou o tipo de pessoa que penso bastante antes de pedir algo. Se eu procurar alguém para pedir um favor que seja, pode ter certeza que estou precisando muito daquilo e já pensei em meios de resolver aquilo sozinha. Sendo assim, acho que tenho todo o direito de julgar se o que estão me pedindo é algo no mínimo justo.

Digo não, hoje em dia, com a maior facilidade, principalmente para as pessoas que pedem infinitamente. Porque vamos combinar que tem uns pedintes quase profissionais pela vida, que solicitam das coisas mais bobas as mais sem noção. Para esse tipo de pessoa não tenho a menor pena de dizer não. Porque certamente vou evitar ao máximo recorrer a essa pessoa. Ao pedinte crônico, você pede um favor e ele passar o resto da vida te pedindo favores dos mais absurdos.

Acho mesmo que minhas negativas são proporcionais ao número de pedidos que alguém me faz, talvez porque pense no meu caso, já que alugo muito raramente as pessoas. Então julgo que se a pessoa me pede pouco, é porque quando ela pede está precisando mesmo. 

Na verdade tudo na vida perde o valor pelo excesso, tudo que excede se torna chato, inconveniente, de pouco valor sentimental, tedioso e isso vale para todo tipo de situação ou atitude que tenhamos.

Dizer não é minha especialidade, mas gosto quando digo sim de coração. Eu gosto de me sentir uma pessoa melhor, mas não me importo de agir de forma estranha quando necessário.